quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As três peneiras



Olavo foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para fazer média com o chefe, saiu-se com esta:

- Chefe o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...

Nem chegou a terminar a frase, o chefe aparteou:

- Espere um pouco Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras?

- Que peneiras chefe?

- A primeira Olavo, é a da verdade. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

- Não, não tenho não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!

- Então a sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da bondade. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem ao seu respeito?

- Claro que não! Nem pensar, chefe.

- Então, sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira que é a necessidade. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?

- Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que iria me contar.

Fala Olavo, surpreendido.

- Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras?

Diz o chefe sorrindo e continua:

- Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: verdade, bondade, necessidade. Antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, por que: pessoas inteligentes falam sobre idéias, pessoas comuns falam sobre coisas, pessoas medíocres falam sobre pessoas.

Um comentário:

  1. O ideal mesmo, era passar na peneira de cada um dos frutos do Espírito. rs rs rs

    Linkei vocês no meu blog!

    Rossana

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